Ao colega Francisco

Agradeça as pequenas vitórias,
agradeça as galáxias (aos bilhões)
expandirem-se, para nossos corações
também expandirem boas memórias,
experiências, reflexões e aprendizados.

Caminhemos, nesta vida, lado a lado!
E, mesmo os planetas mais distantes
usam a noção de conjunto como constante,
porque sabem-se assim mais iluminados,
como há de ser iluminada a sua história.

Deus é muito sábio, bendita a sua glória,
que acolhe o agnóstico, o evangélico, o ateu
no mesmo planeta azul que Ele elegeu
para evoluirmos em nossa viagem transitória,
que se torna bem melhor quando compartilhada.

Nossa vida é este sopro entre o infinito de Deus e o nada
de onde viemos e para onde voltaremos,
por isso é bom lembrar que procuremos
andarmos agradecidos pela estrada
e, onde não agradarmos, não sermos presença indesejada.

Cultivemos, pois, o silêncio na madrugada,
o agasalhar-se direito nos dias mais frios,
o banhar-se com cuidado à beira dos rios,
o reconhecer que a luta é diária e inacabada,
a gentileza que gera gentileza ou agradecimento.

Quando percebemos que somos como o vento,
vemos que é preciso freio para o vento forte,
que, quando ventamos, não pensamos na morte,
que quem nos refresca ou esfria é o mesmo vento,
o vento que ora sopra e ora se acalma
diante do por ou nascer do sol, a quem bato palmas...